Missões

OUTUBRO – MÊS DAS MISSÕES

A Campanha Missionária, as Missões, promovida e coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias, propôs no ano de 2010 o tema Missão e Partilha, e, como lema: Ouvi o Clamor do Meu Povo (cf. Ex 3,7b).

O tema Missão e Partilha remete à Campanha da Fraternidade daquele ano, a qual todo ano buscamos resgatar, com enfoque e dimensão missionária. O lema foi Ouvi o Clamor do Meu Povo recorda o Êxodo do povo de Israel, e os muitos “êxodos” dos povos atuais. Também nos remete ao tema da migração, mobilidade humana, do ser peregrinos, lembrando-nos permanentemente que o horizonte da Missão é o mundo, a humanidade no seu todo.

O cartaz traz um fundo verde, sinal de esperança. As Missões alimentam, fortalecem nossa fé, esperança e caridade, mantém-nos no caminho da fidelidade a Deus e à humanidade, Povo de Deus (LG 2).

A água remete ao valor e a dignidade da vida como elemento vital para o planeta, onde vive e está inserida a humanidade. Aqui, especificamente, remete-nos à realidade amazônica, com sua rica biodiversidade. Lembramos que a última semana do outubro, dedicada à Amazônia, vem inserida no contesto do Mês das Missões.

O barco faz alusão à figura bíblica da Igreja Peregrina que “navega” pelos mares da história da humanidade. Nela se destaca a figura de Jesus Cristo. É Ele quem dá segurança: “Não tenham medo… Avancem para águas mais profundas!” (cf. Mt 4,18). Ao mesmo tempo aponta para o horizonte amplo e universal da Missão, que é o mundo, a humanidade. A Missão não tem fronteiras!

Destaca-se ainda a figura dos índios, etnias vivas e presentes na realidade amazônica, do Brasil e de outros países. Povos que nos acolheram, abrindo-se à Boa-Nova do Evangelho, e que precisam ser respeitados e valorizados, como portadores de valores evangélicos já presentes, quais “sementes do Verbo Encarnado” que estabeleceu morada definitiva junto à humanidade e que, portanto, chegou lá muito antes que o missionário.

Contudo, este poderá, sim, ajudar no processo de explicitação da Verdade e Pessoa de Jesus Cristo, como nosso Senhor e Salvador, já atuante e presente na história salvífica da humanidade.

Padre Daniel Lagni, diretor Nacional das POM do Brasil.


OUTUBRO – A IGREJA NO MÊS DAS MISSÕES

“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe”. (Lucas 10,lss).

Estas palavras de Jesus continuam válidas. Depois de dois mil anos, a messe continua grande e, os operários, poucos.

Há o clamor insistente de milhares de pessoas que querem conhecer Jesus, mas falta quem O anuncie. A colaboração material de cada cristão católico para as Missões possibilita um envio cada vez maior de missionários “ad gentes”.

O objetivo maior da Campanha Missionária do mês de outubro consiste em despertar para a Missão todos os que dormem.

CONTRIBUIÇÃO MATERIAL
No Dia Mundial das missões, todo católico é também convidado a dar a sua ajuda material para as Missões.

Todo ano crescem as necessidades da Igreja Católica no mundo. Cerca de 1.100 dioceses em territórios de Missão recebem regularmente ajuda financeira, mas, anualmente, surgem novas dioceses a serem auxiliadas; abrem-se novos seminários para receber mais jovens que desejam seguir Cristo como sacerdotes.

Há regiões destruídas por guerras ou fenômenos naturais, que devem ser reconstruídas. Há também regiões que, após muitos anos fechadas à evangelização, estão se abrindo novamente para ouvir a mensagem de Cristo.

Os pedidos de ajuda para a catequese, para os meios de comunicação e de transporte, para a construção de capelas, de orfanatos e de escolas são constantes. Isso tudo mostra como é necessária e urgente a cooperação dos católicos de todo o mundo.

A COLETA
A coleta feita no Brasil, todo ano, no Dia Mundial das Missões, é destinada ao Fundo Mundial de Solidariedade Missionária. Boa parte da coleta feita no Brasil retorna ao País para subsidiar cerca de 150 projetos anuais em nossas dioceses e paróquias, seminários e casas de formação.

CONCLUSÃO
Queridos leitores, gostaria que vocês se destacassem pela oração, pelo empenho na celebração do Outubro Missionário e pela escuta da voz de Deus, que sempre está precisando de novos operários para a sua vinha. São os votos deste vosso amigo que vem trabalhando, em todo o Brasil, para que surja e se fortifique a Juventude Missionária.

Pe. Vitor Agnaldo Menezes
Secretário Nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé


OUTUBRO – MÊS MISSIONÁRIO E DO ROSÁRIO

Outubro é, para a Igreja Católica no mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação e cooperação em prol da missão universal. O objetivo é despertar a consciência e a vida missionária cristã, e as vocações missionárias.

A ação missionária é essencial para a comunidade cristã. Pelo batismo, o cristão é chamado a se reunir, em comunhão, ao redor de Cristo e participar da sua missão, com o testemunho de vida e o anúncio do Evangelho. É convocado a ajudar na criação e na animação das igrejas locais, no esforço para inculturar o Evangelho nas diferentes realidades, a promover o diálogo inter-religioso, a se aproximar dos últimos e a prestar um serviço concreto de caridade.

Na nossa vida, sabemos que temos muitas dificuldades. Mas o importante é ter a consciência de que Jesus não nos prometeu uma vida com somente alegria, temos as dificuldades e aprender a supera-las. Assim também é a vida da pessoa que se dedica ao reino de Deus e vai a todos os lugares onde precisam anunciar, seja nos lugares mais desconhecidos é lá que Deus nos quer.

  • Essas pessoas foram denominadas de missionários, mas o que é missão?
  • O que é ser, verdadeiramente um missionário?
  • O que o missionário faz alem de anunciar?
  • Ele tem um único lugar?
  • Tem casa própria?

A missão está a serviço da paz: “Felizes os que promovem a paz” (Mt 5,9). É impossível entender a missão, sem o compromisso com a paz. Somos convocados e enviados a proclamar a boa-notícia da paz. Promover a paz é uma questão de fidelidade ao mandato missionário de Jesus.

Reconhecendo a urgência da missão, o papa João Paulo II declarou a atualidade da missão Ad Gentes (além-fronteiras, para o primeiro anúncio) e sinalizou profeticamente os frutos: “Vejo o alvorecer de uma nova época missionária, que se tornará dia radiante e rico de frutos, se todos os cristãos, e especialmente, os missionários e as igrejas jovens, responderem com generosidade e santidade aos apelos e desafios do nosso tempo” (Redemptoris Missio, 92).

Santos Padroeiros das Missões:

Santa Teresinha do Menino Jesus e São Francisco Xavier “Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo” Francesinha, que nasceu em Aliçon 1873, e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Teresinha entrou com 15 anos, no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII e sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, ofereciam a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, esteve como criança para o pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.


PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE AS MISSÕES

( Segundo o Catecismo da Igreja Católica )

1. Quem são os anjos? ( 328-333; 350-351)

Os anjos são criaturas puramente espirituais, incorpóreas, invisíveis e imortais, seres pessoais dotados de inteligência e de vontade. Estes, contemplando incessantemente a Deus face a face, glorificam-no, servem-no e são os seus mensageiros no cumprimento da missão de salvação, em prol de todos os homens.

2. Como é que os anjos estão presentes na vida da Igreja? ( 334-336; 352)

A Igreja une-se aos anjos para adorar a Deus, invoca a sua assistência e celebra liturgicamente a memória de alguns.

3. O que é a queda dos anjos? (391-395; 414)

Com esta expressão indica-se que Satanás e os outros demônios de que falam a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja, de anjos criados bons por Deus, se transformaram em maus, porque, mediante uma opção livre e irrevogável, recusaram Deus e o seu Reino, dando assim origem ao inferno. Procuram associar o homem à sua rebelião contra Deus; mas Deus afirma em Cristo a Sua vitória segura sobre o Maligno.

4. Porque é que a Igreja deve anunciar o Evangelho a todo o mundo? (849-851).

Porque Cristo ordenou: «ide e ensinai todas as nações, batizando-as no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28,19). Este mandato missionário do Senhor tem a sua fonte no amor eterno de Deus, que enviou o seu Filho e o seu Espírito porque «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tim 2, 4).

5. Como é que a Igreja é missionária? (852-856)

Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja continua no curso da história a missão do próprio Cristo. Os cristãos portanto devem anunciar a todos a Boa Nova trazida por Cristo, seguindo o seu caminho, dispostos também ao sacrifício de si mesmos até ao martírio.

6. Porque é que a Igreja é apostólica? (857-859)

A Igreja é apostólica pela sua origem, sendo construída sobre o «fundamento dos Apóstolos» (Ef 2,20); pelo ensino, que é o mesmo dos Apóstolos; pela sua estrutura, enquanto instruída, santificada e governada, até ao regresso de Cristo, pelos Apóstolos, graças aos seus sucessores, os Bispos em comunhão, com o sucessor de Pedro.

7. Em que consiste a missão dos Apóstolos? (858-861)

A palavra Apóstolo significa enviado. Jesus, o Enviado do Pai, chamou a Si doze entre os Seus discípulos e constituiu-os como seus Apóstolos, fazendo deles testemunhas escolhidas da sua ressurreição e fundamentos da sua Igreja. Deu-lhes o mandato de continuarem a sua missão, dizendo: «Como o Pai me enviou, assim também Eu vos envio a vós» (Jo 20,21). E prometeu estar com eles até ao fim do mundo.

8. Qual é a missão do Papa? (881-882; 936-937)

O Papa, Bispo de Roma e Sucessor de S. Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja. É o vigário de Cristo, cabeça do colégio dos Bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual, por instituição divina, tem poder, pleno, supremo, imediato e universal.

9. Qual é a missão do colégio dos Bispos? (883-885)

O colégio dos Bispos, em comunhão com o Papa e nunca sem ele, exerce também sobre a Igreja supremo e pleno poder.

10. Como é que os Bispos exercem a sua missão de ensinar? (886-890; 939)

Os Bispos, em comunhão com o Papa, têm o dever de anunciar o Evangelho a todos, fielmente e com autoridade, como autênticas testemunhas da fé apostólica e revestidos da autoridade de Cristo. Mediante o sentido sobrenatural da fé, o Povo de Deus, adere indefectivelmente à fé, sob a condução do Magistério vivo da Igreja.


ORAÇÃO DA VIDA (Madre Tereza de Calcutá)

A vida é uma oportunidade. Aproveite-a.
A vida é uma beleza. Admire-a.
A vida é um sonho. Faça que se torne realidade.
A vida é um desafio. Enfrente-o.
A vida é um dever. Cumpra-o.
A vida é preciosa. Cuide dela.
A vida é riqueza. Conserve-a.
A vida é um mistério. Explore-o.
A vida é promessa. Tenha esperança.
A vida é tristeza. Supere.
A vida é um hino. Cante-o.
A vida é um combate. Vença.
A vida é uma aventura. Conduza-a.
A vida é felicidade. Mereça-a.
A vida é vida. Defenda-a.


INFÂNCIA MISSIONÁRIA

1) Histórico da Infância Missionaria

A Pontifícia Obra da Infância Missionária foi fundada por Dom Carlos Forbin Janson, Bispo de Nancy, França, no ano de 1843.

A Pontifícia Obra da Infância Missionária foi fundada por Dom Carlos Forbin Janson, Bispo de Nancy, França, no ano de 1843.

Essa atividade missionária com as crianças foi motivada pelas cartas e notícias que missionários, principalmente da China, escreviam contando a realidade triste e dura das crianças naquelas regiões: doenças, mortalidade, analfabetismo, abandono…

A finalidade desta Obra ‚ suscitar o espírito missionário universal das crianças e adolescentes, desenvolvendo seu protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o povo de Deus: “Ajudar as crianças por meio das crianças”, ou “criança evangeliza e ajuda criança”, foi o grande lema do Bispo fundador.

Esta obra ‚ pois, um serviço em favor da animação, formação e comunhão missionárias das crianças e de seus animadores, para que cooperem na evangelização universal, especialmente das crianças de todo o mundo, e na solidariedade, partilhando os bens materiais.

A Infância Missionária chegou ao Brasil ainda no século passado. Porém, vários motivos, especialmente políticos, impediram que a mesma se firmasse e se espalhasse por todo o país.

Em 1993, quando se comemorou os 150 anos desta obra pontifícia, em Cali, na Colúmbia, um grupo de brasileiros que participaram das festividades, retornaram entusiasmados para o Brasil e resolveram organizar a Infância Missionária novamente em nosso País.

Em 02/11/1996, a Infância Missionária foi apresentada as dioceses do Estado de São Paulo.


2) COMPROMISSOS DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA

Os dez compromissos da Infância Missionária

  1. Tornar Jesus conhecido e amado.
  2. Colocar-se à disposição de todos com alegria.
  3. Repartir seus bens com os que não têm, mesmo à custa de sacrifício.
  4. Rezar todos os dias pelas crianças e adolescentes do mundo inteiro.
  5. Louvar e agradecer a Deus pelos dons recebidos.
  6. Manter-se bem informado sobre os acontecimentos que envolvem as pessoas de todos os Continentes.
  7. Reconhecer o que é bom da vida e da cultura dos outros povos, respeitando-os e valorizando-os.
  8. Ser bem comportados e responsáveis em casa, na escola, na comunidade, evangelizando com o exemplo da própria vida.
  9. Nunca desanimar diante das dificuldades.
  10. Tornar Nossa Senhora, a mãe de todos os povos, conhecida e amada.

Infância Missionária e Catequese

Muitas vezes a Infância Missionária e a Catequese são confundidas. A Infância Missionária não substitui a Catequese, mas sim, complementa a formação, fazendo com que as crianças e pró-adolescentes se tornem verdadeiros missionários.

As paróquia que possuem os trabalhos da Catequese e Infância Missionária sintonizados, estão obtendo resultados maravilhosos.

3) TERÇO MISSIONÁRIO

As cores do Terço:

O Terço Missionário, tal como é, foi fruto da inspiração do Bispo Fulton Sheen. Quando ele era Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias, nos Estados Unidos, teve a idéia de associar as dezenas do terço tradicional aos continentes, através de cores. O Terço é formado de cinco dezenas e cinco são os continentes. Ele escolheu uma cor para cada continente. Desta forma, ao rezar cada dezena, pede-se por todos os povos que vivem naquela região.

A originalidade do Terço Missionário está no encontro de todos os povos, raças e culturas através da oração:

  • Verde – reza-se pela África;
  • Azul – reza-se pela Oceania;
  • Amarelo – reza-se pela Ásia.
  • Vermelho – reza-se pelas Américas;
  • Branco – reza-se pela Europa

ORAÇÃO MISSIONÁRIA – MISSÃO E PARTILHA

Ó Deus,
Pai de todos os povos,
Vós que nos abraçais
Com a ternura de uma mãe,
Ouvi o clamor
Das multidões da Amazônia
E do mundo inteiro
Desejosas de Vos conhecer
E Vos amar.
Ensinai-nos a Vos servir,
Na partilha da Fé
E dos Bens,
Que Vós mesmos nos destes.
Amém.