A Igreja Católica

A IGREJA CATÓLICA:
MISSÃO E CONSTITUIÇÃO

Apresentação da Igreja Católica, sua Missão, Instituição e Constituição Hierárquica e Eclesial.

INSTITUIÇÃO DA IGREJA

Jesus Cristo instituiu a Igreja, portanto a Igreja não é uma invenção dos homens, mas uma instituição divina, para que Sua mensagem da salvação fosse transmitida para todo o seu povo, em todos os tempos.

  • A Igreja é Apostólica, porque vem dos apóstolos, a quem Cristo preparou e enviou ao Mundo para ensinar a todos, receber o Batismo e ser fiel a Ela.
  • A Igreja é Una, em Cristo e no seu representante, o Papa.
  • A Igreja é um povo Universal porque nasce de Deus, pela fé em Jesus Cristo e quer a salvação de todos.
  • A Igreja é a família dos Filhos de Deus.
  • A Igreja é o Povo de Deus, formado pelos homens, Filhos de Deus pelo Batismo através do qual assumimos o compromisso de transformar a sociedade: “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5, 13-14). Daí a definição: Igreja somos nós, comunidade reunida em nome de Jesus, em nome do Amor.
  • A Igreja é a comunidade, não é só do padre, não é só do povo, mas sim, de todos nós cristãos, marcados pelo sinal da Cruz.

Através de cada um de nós o “Cristo, ontem, hoje e sempre” será cada vez mais o Cristo: “tudo em todos”. Então Igreja é:

  • Uma comunidade;
  • edificada pelo Espírito Santo;
  • convocada pela Palavra de Deus
  • unida pela Eucaristia e pelos demais sacramentos; – valorizando os carismas e ministérios, especialmente o do bispo e do padre, para garantir a ligação com a Igreja Apostólica e Missionária

Algumas exigências são feitas para aqueles que fazem parte da Igreja:

  • a conversão de vida;
  • o Batismo, que integra na família de Deus;
  • a missão, que tem por objetivo formar comunidades cristãs;
  • a abertura aos pobres, destinatários principais do Evangelho;
  • a ligação da fé com a vida, pelo testemunho da solidariedade, (sujeitos da evangelização);
  • a comunhão com os demais membros da comunidade, para enriquecer as pessoas e abri-las às outras, evitando os extremos do individualismo e da massificação.

MISSÃO DA IGREJA: EVANGELIZAR

Cristo, Evangelizador do Pai, escolheu DOZE e enviou-os a pregar. A eles associou discípulos. Cristo Ressuscitado confirma e amplia esse mandato: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15).

A prática evangelizadora de Jesus continua na Igreja. A atual sociedade brasileira exige a necessidade de incentivar a consciência missionária da Igreja.

Caminhos da missão de Jesus evangelizador à Igreja evangelizadora:

Jesus é o próprio evangelho. Jesus é a referência e modelo para a missão evangelizadora da Igreja. Há uma ligação profunda entre Jesus, a Igreja e o Evangelizador. A Igreja para evangelizar deve-se evangelizar. O Evangelizador:

  • precisa ouvir o que deve acreditar;
  • deve converter-se e renovar-se continuamente;
  • deve praticar a comunhão fraterna e o serviço (At 2, 42)

A igreja evangelizadora é enviada a evangelizar. A evangelização é dever fundamental do povo de Deus. A evangelização deve ser proclamação clara:

  • de Jesus Cristo;
  • Filho de Deus, feito homem;
  • morto e ressuscitado;
  • salvação de todos os homens.

Análise da realidade da Igreja hoje:

  • Julgar: De acordo com a Palavra de Deus e dignidade do homem.
  • Agir: Pastoralmente (em relação à pessoa). Dimensão social e política da fé. Opção preferencial pelos pobres. Comunidade Eclesiais de base, CEBS e religiosidade popular. Defesa e promoção da dignidade humana, especialmente do pobre e da mulher. Comunhão e participação.

Reflita sobre esta frase da sábia Madre Teresa de Calcutá:
“Talvez você seja o único Evangelho vivo que seu irmão possa ler.”


Objetivo geral da ação pastoral da Igreja no Brasil:

Evangelizar com renovado ardor missionário, testemunhando Jesus Cristo, em comunhão fraterna, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para formar o povo de Deus e participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a serviço da vida e da esperança nas diferentes culturas, a caminho do reino definitivo.

O PAPA

Papa quer dizer Pai da Cristandade. Como o pai se congrega em torno da família, a Igreja que é a grande família dos filhos de Deus se congrega em torno do Papa. O primeiro Papa foi o apóstolo Pedro, a quem Cristo deu toda autoridade sobre os demais apóstolos, a missão de congregar o rebanho em torno de Cristo, Supremo Pastor.

Francisco: Novo e refrescante ar do Sul

Mensagem do Prior Geral dos Agostinianos Recoletos sobre a eleição do Novo Papa

A eleição do cardeal Jorge Mario Bergoglio como Bispo de Roma foi para mim uma grande alegria e motivo de renovada esperança. Dou graças ao Senhor e me pergunto: O que o Espírito quer nos dizer com este novo Papa?

Para mim, a eleição do Papa Francisco tem um profundo significado. Creio que é o Pastor que Deus envia hoje ao mundo.

Antes de abençoar o povo, o Santo Padre pediu para si a oração e a bênção do povo.

Ele caminha com o povo de Deus, com todos nós – entre dificuldades e esperanças – por um caminho de fraternidade e amor. Poucas horas após sua eleição, foi possível perceber que se trata de um homem de fé e oração, bom e simples, renovador e evangelizador, alegre e com profundo sentido de Igreja.

O fato de ser o primeiro papa a escolher o nome de Francisco, é significativo na linha da renovação da Igreja.

Evoca o testemunho de vida evangélica, a renovação espiritual, o serviço à Igreja e a simplicidade de vida. E, em sendo o primeiro papa jesuíta é, para nós, os religiosos, muito importante, já que conhece nossa vida e missão; sabe aquilo que hoje os religiosos podemos oferecer à Igreja e a todos as pessoas e, portanto, o serviço que, como pastor universal, ele pode nos pedir.

Destaco também que a eleição do Papa Francisco manifesta a universalidade e a esperança da Igreja: é o primeiro pontífice procedente do Hemisfério Sul e de um país latino-americano.

Enche-me de alegria que os cardeais tenham ido buscar o novo Papa quase “no fim do mundo”. No coração de Cristo o mundo está globalizado no amor, e uma prova é que o Papa chegou a Roma vindo da Argentina.

O Espírito sopra onde quer, os planos de Deus rompem fronteiras, unem os corações e superam nossas avaliações, projetos e seguranças humanas.

Miguel Miró
Agostinianos Recoletos

HIERARQUIA DA IGREJA

Dentro da escala hierárquica da Igreja, abaixo da pessoa do Papa, existem diversos níveis de autoridade. Ocupam os cargos de importância na Igreja os padres que por sua dedicação e estudo profundo ganharam o direito de ocupar posições de maior responsabilidade para que a Igreja continue sempre crescendo na fé e no amor cristão.

Eles são responsáveis pela fidelidade de toda a Igreja aos ensinamentos, ordens e recomendações emanadas do Vaticano, na pessoa do PAPA. Isto faz com que a Igreja Católica em todo o mundo se mantenha dentro dos mesmos padrões.

Os Cardeais, Arcebispos e Bispos são os Diretores Espirituais e representantes diretos do Papa em suas jurisdições, coordenam e ajudam os padres no trabalho de Evangelização e cumprimento da Missão da Igreja.

Cada membro da comunidade deve se empenhar em conhecer todos os detalhes da vida dos superiores de sua diocese e rezar por eles para que continuem sempre firmes na Fé Cristã.

Da mesma forma, devem também conhecer e colaborar com o padre responsável por sua paróquia – o Pároco – e envidar todos os esforços para ajudá-lo em sua missão.

ESTRUTURA E CARGOS

A Igreja Católica tem uma hierarquia, sendo o seu Chefe o Papa. A expressão “Santa Sé” significa o conjunto do Papa e dos dicastérios da Cúria Romana, que o ajudam no governo de toda a Igreja.

A Igreja tem uma estrutura hierárquica de títulos que são, em ordem descendente:

  • Papa, que é o Sumo Pontífice e chefe da Igreja Católica, o guardador da integridade e totalidade do depósito da fé, o Vigário de Cristo na Terra, o Bispo de Roma e o possuidor do Pastoreio de todos os cristãos, concedido por Jesus Cristo a São Pedro e, consequentemente, a todos os Papas. Esta autoridade papal (Jurisdição Universal) vem da fé de que ele é o sucessor direto do Apóstolo São Pedro (a chamada “Confissão de Pedro”). Na Igreja latina e em algumas das orientais, só o Papa pode designar os membros da Hierarquia da Igreja acima do nível de presbítero. Aos Papas atribui-se infalibilidade. Por essa prerrogativa, as decisões papais em questões de fé e costumes (moral) são infalíveis quando proclamadas ex cathedra.[79] Todos os membros da hierarquia respondem perante o Papa e a sua corte papal, chamada de Cúria Romana.
  • Camerlengo em caso de morte ou renúncia do cargo, essa pessoa é quem detém todos os poderes de um papa até a eleição de outro pelo Colégio de Cardeais.
  • Cardeais são os conselheiros e os colaboradores mais íntimos do Papa, sendo todos eles bispos (alguns só são titulares). Aliás, o próprio Papa é eleito, de forma vitalícia (a abdicação é rara, porque já não acontecia desde a Idade Média) pelo Colégio dos Cardeais. A cada cardeal é atribuída uma igreja ou capela (e daí a classificação em cardeal-bispo, cardeal-presbítero e cardeal-diácono) em Roma para fazer dele membro do clero da cidade. Muitos dos cardeais servem na Cúria, que assiste o Papa na administração da Igreja. Todos os cardeais que não são residentes em Roma são bispos diocesanos.
  • Patriarcas são normalmente títulos possuídos por alguns líderes das Igrejas Católicas Orientais sui ijuris. Estes patriarcas orientais, que ao todo são seis, são eleitos pelos seus respectivos Sínodos e depois reconhecidos pelo Papa. Mas alguns dos grandes prelados da Igreja Latina, como o Patriarca de Lisboa e o Patriarca de Veneza, receberam também o título de Patriarca, apesar de ser apenas honorífico e não lhes conferirem poderes adicionais.
  • Arcebispos (Metropolita ou Titular) são bispos que, na maioria dos casos, estão à frente das arquidioceses. Se a sua arquidiocese for a sede de uma província eclesiástica, eles normalmente têm também poderes de supervisão e jurisdição limitada sobre as dioceses (chamadas sufragâneas) que fazem parte da respectiva província eclesiástica.
  • Bispos (Diocesano, Titular e Emérito) são os sucessores diretos dos doze Apóstolos. Receberam o todo do sacramento da Ordem, o que lhe confere, na maioria dos casos, jurisdição completa sobre os fiéis da sua diocese.[80]
  • Presbíteros ou Padres são os colaboradores dos bispos e só têm um nível de jurisdição parcial sobre os fiéis. Alguns deles lideram as paróquias da sua diocese.
  • Monsenhor é um título honorário para um presbítero, que não dá quaisquer poderes sacramentais adicionais.
  • Diáconos são os auxiliares dos presbíteros e bispos e possuem o primeiro grau do Sacramento da Ordem. São ordenados não para o sacerdócio, mas para o serviço da caridade, da proclamação da Palavra de Deus e da liturgia. Apesar disso, eles não consagram a hóstia (parte central da Missa) e não administram a Unção dos enfermos e a Reconciliação.

Todos os ministros sagrados supramencionados fazem parte do clero. A Igreja acredita que os seus clérigos são “ícones de Cristo” [81], logo todos eles são homens, porque os doze Apóstolos são todos homens e Jesus, na sua natureza humana, também é homem [82].

Mas isto não quer dizer que o papel da mulher na Igreja seja menos importante, mas apenas diferente [83]. Exceptuando em casos referentes a padres ordenados pelas Igrejas orientais, aos diáconos permanentes e a alguns casos excepcionais, todo o clero católico é celibatário [84].

Os clérigos são importantes porque efetuam exclusivamente determinadas tarefas, como a celebração da Missa e dos sacramentos.

Existem ainda funções menores: Leitor, Ministro Extraordinário da Comunhão eucarística, Ministro da Palavra e Acólito. Estas funções tomados em conjunto não fazem parte do clero, pois são conferidas aos leigos, uma vez que, para entrar para o sacerdócio, é preciso ao católico receber o sacramento da Ordem.

Desde o Concílio Vaticano II, os leigos tornaram-se cada vez mais importantes no seio da vida eclesial e gozam de igualdade em relação ao clero, em termos de dignidade, mas não de funções [85].

Dentro da Igreja, também existem um grupo de leigos ou de clérigos que decidiram tomar uma vida consagrada e normalmente agrupam-se em ordens religiosas, congregações religiosas ou em institutos seculares, existindo porém aqueles que vivem isoladamente ou até junto dos não-consagrados.

Estes movimentos apostólicos têm a sua própria hierarquia e títulos específicos. Destacam-se os seguintes:

Abade e Abadessa (nas Abadias)
Prior e Madre Prioresa (nos Mosteiros e Conventos)
Monge e Monja (nos Mosteiros)
Frade e Freira (nos Conventos)
Eremitas (nos Eremitérios)

Veja maiores informações no site:
https://pt.wikipedia.org/wiki/igreja_Católica


A PARÓQUA

É o território da diocese sob a direção espiritual do Pároco.

Cada paróquia pertence a um setor da diocese em que se encontra e tem como missão providenciar o suprimento das necessidades espirituais dos moradores dentro de seu território – os paroquianos – provendo-lhes a orientação religiosa, os sacramentos e demais benefícios da Igreja Católica.

O pároco coordena todas as atividades desse reduto espiritual, contando com o auxílio dos leigos da Paróquia. Diversos grupos de leigos o auxiliam na condução apostólica e evangélica da Paróquia. Podemos citar:

  • Pastoral do Batismo;
  • Catequese da Primeira Eucaristia;
  • Catequese da Crisma;
  • Pastoral da Saúde;

E outras que forem necessárias ao bem-estar dos paroquianos

Há um conselho Paroquial e um Conselho Administrativo, formado de paroquianos que auxiliam o Pároco nas diretrizes e nas distribuições dos trabalhos da Paróquia.


A MISSÃO DO LEIGO

A Igreja de Cristo foi fundada sobre os apóstolos, no dia de Pentecostes, tendo a frente São Pedro, o Primeiro Papa. A Igreja, formada por homens, caracteriza-se na comunidade real, viva e visível, que é a Igreja local ou paroquial. Por isso não pode haver cristãos vagos, avulsos, desligados, sem compromisso com a comunidade. Não pode haver cristãos em cima do muro.

Com os primeiros cristãos, igreja nascente, formaram-se as comunidades (Igrejas) de Jerusalém, de Antioquia, de Éfeso, de Corinto, etc. Foi em Antioquia que os seguidores de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos, por viverem em comunidade, se amando em nome de Cristo (At 11,26). Cristo havia dito que a marca registrada dos cristão era a vida em comunidade (At 2, 42 – 47).

A Crisma deve levar o cristão a um compromisso na comunidade paroquial, a começar pela escolha de um padrinho, que não deve ser trazido de longe, nem ser alguém que não trabalhe pela Igreja, mas uma pessoa engajada na comunidade local ou numa comunidade bem próxima, de modo que possa dar acompanhamento ao afilhado. É preciso que o crismando descubra a alegria de ser útil a sua comunidade como pedra viva na edificação da Igreja.


MEIOS PARA SER COMUNIDADE

Antes de qualquer coisa, a participação nos sacramentos: Batismo, Confissão, Eucaristia, Crisma, Matrimônio, Ordem e Unção dos Enfermos é importantíssima. Um cristão que não participa dos sacramentos é como uma pessoa que se definha tendo com que se alimentar e saciar. Dois sacramentos são de crescimento espiritual: A confissão e a A Eucaristia.

A leitura assídua da Palavra de Deus, dos Documentos da Igreja, a leitura de formação cristã e moral, freqüência assídua da missa, se possível até todos os dias, ou pelo menos nos feriados, dias Santos e aos domingos.

Na oração, na recitação do Terço, encontramos os principais mistérios da nossa fé. O engajamento em alguma pastoral da paróquia também deve acontecer.

O importante é colocar-se a serviço da comunidade paroquial, consultando o Pároco, que nos orientará para a pastoral que temos facilidade e capacidade para trabalhar.

<< Veja também: [ FORMAÇÃO NA IGREJA ] >>